27 de junho de 2012

Figo Maduro

Não, este post nada tem a ver com aeródromos militares.
Nem com aviões.
Nem, tão pouco, com figos do futebol.
Ou, sequer, com papas Nestum.

Este mail tem a ver - imaginem! - com lagartas.
Há dias, apanhei uns figos (maduros, pois; estão a perceber agora o título?).
Ontem, resolvi prová-los.
Descasquei um e retirei-lhe uma parte que me parecia ligeiramente queimada pelo sol.
Com isto, o figo abriu-se.
Ia a levá-lo à boca quando, a escassos 10 cm, reparei que alguns daqueles pequenos fios se estavam a mexer.
A mexer?!?!?
Espreitei melhor, agora de boca ainda mais aberta.
Sim, de facto, mexiam-se, entrando e saindo daquele manto de franjas brancas minúsculas, iguais a eles.
I-gu-a-li-nhas!!!!!! (a Natureza sabe o que faz!)
Blhaca-noja!!!!!!

Liguei ao meu pai.
Os pais servem para muita coisa.
Esta é uma delas:
- Ó pai, os figos que apanhámos têm bicho!
- É normal.
- É normal?! Desde quando? Desde que dia? Desde que instante? Porque é que ninguém me avisou?!
- Desde sempre. Por que será que achas que eu te abro sempre os figos antes de tos dar à boca?
(sim, é verdade, confesso, o meu pai ainda me dá figos à boca quando estamos debaixo da figueira lá do pomar. Mas não contem nada a ninguém!)

Ia morrendo com a ideia de já ter comido centenas de figos sem os abrir e, provavelmente, com bicharocos cheios de mobilidade.
Só para terminar este post, que já vai longo, acrescento apenas que, ao jantar, quando retirei os brócolos da panela, lá estava uma lagarta de 5 cm.
A boiar, morta, cozidinha.
O marido riu-se e disse que aquilo era proteína e que havia quem lhes chamasse um figo.
Um figo?!
Não, por favor, não me falem em figos nos próximos tempos!