8 de fevereiro de 2012

Sarah Kay performs "Worst Poetry"

Conheci a Rooibos com Baunilha na fresta apertada de uma janela de tempo curto.
Um género de caixa de Pandora ao contrário.
Que se abriu no momento certo e só permitiu a entrada desta amizade.
E, logo depois, se fechou, impedindo a poluição de afetos: esse aerossol feito de redes sociais, dispersas nos dias cada vez mais curtos, que tem vindo a poluir as vidas de quem já não tem sequer tempo para um bom livro, quanto mais para as centenas de "amizades bulímicas" que se vão alimentando com a dieta dos likes.

A Rooibos entrou e instalou-se na minha vida.
E emprestou-me, também na altura certa, um livro.
18ª edição. Tradução para várias línguas.
Revelações, profecias, propósitos, conspirações divinas.
Afinal, não sou a única a acreditar que não há coincidências.
Que todo o percurso se faz caminhando numa determinada direção.
Que somos assistidos durante essa viagem, mas que a fazemos na posse do livre arbítrio.
Que já está determinado que vamos para ali mas cabe-nos decidir como vamos para lá, quem nos vai acompanhar e o que os nossos olhos vão observar e a nossa mente reter.
Não, não há coincidências. Porque antes da primeira vontade bailar no nosso imaginário, já trazíamos sulcos cravados nas palmas das mãos, descrevendo o conjunto de etapas pelas quais teremos de passar.

Hoje, no Alentejo, tive uma efinania.
Um género de visão alargada. Distanciada. Em perspetiva.
Uma verdadeira revelação: o meu fascínio por calças de ganga à boca de sino, camisas com folhos, remendos, laços no cabelo e chapéus, tudo ao estilo Casa na Pradaria, fizeram com que, finalmente, identificasse os desenhos preferidos da minha infância, da Sarah Kay, como uma grande inspiração. Talvez a grande responsável pelo meu recente amor à terra, aos bichos e às plantas que a habitam, às atividades daí decorrentes e à serenidade que se bebe em cada minuto de ar puro.

E estou eu a ver desenhos da Sarah Kay...
















...quando descubro outra Sarah Kay.
Uma poetiza. Mais, uma declamadora de excelência!
PRIVATE PARTS. WORST POETRY. PEACOCKS. LONG DISTANCE LOVE. MONTAUK Entre muitos outros.
Estes poemas fizeram-me redimensionar a minha vida, os I can e os I will...

Obrigada Rooibos, por continuares a fazer parte de todo este caminho.

2 comentários:

  1. Há quanto tempo não me encontrava com estas bonequinhas!! Adorava-as!!:) Tinha-as nos cadernos da escola...bem isto é que foi recuar no tempo!! A parte da poetiza desconhecia por completo

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  2. É daqueles livros que fazem sentido naquele momento, àquela hora.
    Palavras lindas! Impossíveis de não aquecerem qualquer pessoa, por mais "azul" que ande. Obrigada! :)**

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